sexta-feira, 7 de agosto de 2015
O processo- Resenha
O romance O processo, de Franz Kafka, relata a estória de um bancário chamado K., que foi acusado por um crime que não cometeu, sendo submetido a um processo judicial cuja procedência é minuciosa e de resolução complicada. Desde o início do romance, percebe-se que o autor faz uma crítica ao sistema judiciário, demonstrando todas as fragilidades de um julgamento, com enfase nos desvios de conduta das personagens. K. é convocado a participar de diversas audiências, nas quais desvenda uma série de inadequações no que se refere aos julgamentos dos condenados. Sendo assim, K. resolve desmascarar o próprio juiz adjunto, questionando a eficiência do tribunal na condenação do acusados. Para o protagonista, não há provas suficientes para sua acusação. No desenrolar da trama, K. também enfrenta seus transtornos psicológicos, dentre eles pode-se citar o envolvimento do rapaz com a auxiliar do tribunal e, posteriormente com a enfermeira do advogado. Perturbado com o fato de desentender o real motivo de sua acusação, K. recorre a parentes e demais indivíduos cuja influência com o tribunal é claramente observada ao longo da trama. O tio de K., preocupado com o fato de seu sobrinho ter sido processado, sugere que este busque um advogado, para libertá-lo do processo. Inicialmente K. resiste em acompanhar o tio para ir ao advogado. Entretanto, com muita insistência K. resolve consultar o advogado. Chegando a casa do advogado, deparam com o fato deste estar acamado, com o auxílio de uma enfermeira. A mesma os recebe de forma não muito amigável. K. e seu tio iniciam a conversa a respeito do processo com o advogado. No calor das emoções, encantado pelos caprichos da enfermeira, envolve-se com a mesma num longo período de tempo, o que indigna tanto o tio como o advogado. Decepcionado, o tio desiste da proeza de auxiliar o sobrinho. Dias depois, um cliente do banco indica a K. um pintor de retratos de juizes, que exerce forte influência nos tribunais e pode agilizar a absolvição de K. do processo. K. resolve conversar com o pintor, que o sugere três formas diferenciadas de retirar a condenação: a absolvição real, a absolvição aparente e o processo arrastado. Todavia, nenhuma das alternativas de acordo com o pintor garante a liberdade do condenado. Frustrado, K. decide rescindir o contrato com o advogado, mesmo com a não aceitação deste. Dias depois, numa manhã fria e chuvosa, um cliente italiano solicita que K. lhe mostre uns locais históricos da cidade do romance. Desanimado com o desafio de guiar o italiano, K. estuda uns guias turísticos e de língua italiana, no expediente do trabalho. O chefe de K. apresenta o visitante ao protagonista. K. sente-se perdido ao deparar com o linguajar italiano do visitante. Marcam de se encontrar numa catedral, o que de fato não ocorreu. O sacerdote da igreja dá um sermão em K. por causa do processo. No final, K. é abordado por dois rapazes que o cercam. Um deles segura e o outro crava uma faca no coração de K., matando-o.
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