terça-feira, 27 de outubro de 2009

O REECONTRO COM O PAI(conto em homenagem a Antonio Ricardo Micheloto)

Estava em casa, prestes a sair para o trabalho, a época morando em São Paulo. O despertador que ganhei de meu pai disparou meia hora após acordar de um sono pesado. Havia acabado de comer umas torradas acompanhadas de leite com descafeinado, como nos tempos em que minha mãe preparava. Hoje moro sozinho em um apartamento na Av. Paulista. Fechei a porta do apartamento e peguei o elevador, já que sou deficiente físico. Ao entrar no carro, percebi ter escutado um telefonema. Era uma voz bastante familiar, parecia ser de uma pessoa próxima a mim, mas não consegui decifrar de quem seria. Naquele momento não pude perceber se vinha de meu pai ou de meu avô, ambos falecidos. Cheguei ao trabalho, estarrecido com a situação que passei. Conclui que não conseguiria trabalhar mais que três horas no dia do ocorrido. Voltei para casa e fui dormir direto, com a roupa do corpo, de tão cansado que fiquei. À noite, recebi novamente a mesma ligação que outrora tocou no celular. Em seguida, apareceu uma mensagem dizendo “quero muito saber como você está? Pode ser amanhã, meu caro?” Fiquei novamente perplexo, pois até então não sabia de quem se tratava o telefonema e a mensagem. Tentei apagar a mensagem, mas não obtive sucesso, pois a mesma não saía do aparelho. Assim, fui dormir. No dia seguinte, o celular toca novamente com a mesma voz do dia anterior, me chamando para nos encontrarmos em um local estratégico (Estação da Luz) a uma hora da tarde. Pensei em responder, mas a ligação caiu. Com atraso de meia hora consegui chegar ao local, mas ainda não vi nenhuma pessoa ao não ser turistas visitando o Museu da Língua Portuguesa e um ou dois lixeiros. De repente, uma luz muito forte apareceu diante de meu rosto. Naquele instante o clarão me impediu de enxergar cerca de um minuto. Um corpo bem familiar aparecera na minha frente. Era meu pai, vindo do Céu para saber como eu estava aqui na Terra. Não contive, lágrimas esconderam, fiquei sem palavras e, em seguida, desmaiei profundamente. Acordei já em casa, não me recordando de ter desmaiado. “Mas quem havia me trazido para casa?”, pensei. Era meu pai novamente. Tentei conversar com ele, mas foi impossível já que o mesmo desapareceu subitamente. Com isso, acreditei que meu pai percebeu o quanto eu estava bem, não precisando dialogar comigo em palavras, mas sim em gestos de carinho, o que realmente importava para nós naquele momento.

Conto escrito em 27/10/2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CACATUAS



CALOPSITAS&CACATUAS







Abri este tópico para enfatizar lindas calopsitas e cacatuas. Vejam.

SOBRE ZÉ BEBELO

Mas levei minha sina. Mundo, o em que se estava, não era para gente: era um espaço para os de meia-razão. Para ouvir gavião guinchar ou as tantas seriemas que chungavam, e avistar as grandes emas e os veados correndo, entrando e saindo até dos velhos currais de ajuntar gado, em rancharias sem morador? Isso, quando o ermo melhorava de ser só ermo. A chapada é para aqueles casais de antas, que toram trilhas largas no cerradão por aonde, e sem saber de ninguém assopram sua bruta força. Aqui e aqui, os tucanos senhoreantes, enchendo as árvores, de mim a um tiro de pistola — isto resumo mal. Ou o zabelê choco, chamando seus pintos, para esgaravatar terra e com eles os bichinhos comíveis catar. A fim, o birro e o garrixo sigritando. Ah, e o sabiá-preto canta bem. Veredas. No mais, nem mortalma. Dias inteiros, nada, tudo o nada — nem caça, nem pássaro, nem codorniz. O senhor sabe o mais que é, de se navegar sertão num rumo sem termo, amanhecendo cada manhã num pouso diferente, sem juízo de raiz? Não se tem onde se acostumar os olhos, toda firmeza se dissolve. Isto é assim. Desde o raiar da aurora, o sertão tonteia. Os tamanhos. A alma deles. Mas Zé Bebelo, andante, estava esperdiçando o consistir. E que o Hermógenes só fizesse por se fugir toda a vida, isso ele não entendia. — “Vai cavacando buraco, vai, que tu vê!” — oco da paciência, ele resmungou. Ainda que, nesses dias, ele menos falasse; ou, quando falava, eu não queria ouvir. Digo que, no cível trivial, Zé Bebelo me indispunha com algum enjôo. A antes uma conversa com Alaripe, somente simples, ou com o Fafafa, que estimava irmãmente os cavalos, deles tudo entendia, mestre em doma e em criação. Zé Bebelo só tinha graça para mim era na beira dos acontecimentos — em decisões de necessidade forte e vida virada — horas de se fazer. O traquejar. Se não, aquela mente de prosa já me aborrecia.

ALGUNS PÁSSAROS DE GRANDE SERTÃO:VEREDAS

MANUELZINHO-DA-CRÔA
GARRIXO
BIRRO
ZABELÊ
SABIÁ-PRETO

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

INSPIRAÇÃO DO DIA-MADONNA











































































































HOJE HOMENAGEAREI A MADONNA, RAINHA DO POP.

REFLEXÕES SOBRE AMOR

EM MINHAS CONCLUSÕES AO LONGO DA SEMANA, CONSTATEI QUE AMOR ENTRE COMPANHEIROS NÃO É SIMPLESMENTE FORÇAR UMA PESSOA A DETERMINADA SITUAÇÃO DA VIDA. É CUMPLICIDADE, RECIPROCIDADE E ACIMA DE TUDO RESPEITO. NÃO SE RESUME AO RELAÇÃO SEXUAL, MAS O CONJUNTO DE ATOS QUE ENVOLVEM O CASAL DE NAMORADOS. TAIS COMO O RESPEITO E ACEITAÇÃO DE UM PARA COM OUTRO. É CONVIVÊNCIA MÚTUA E NÃO UMA OBRIGAÇÃO.

MICRE, A CALOPSITA

NESTA SEMANA GANHEI UM PRESENTE MUITO BOM. É UMA CALOPSITA, PÁSSARO AUSTRALIANO INTRODUZADO NO BRASIL NOS ANOS 1970. ESTOU GOSTANDO MUITO DELE, POIS CONSIDERO-O O MAIS NOVO AMIGO QUE TENHO ALÉM DE MEU IRMÃO E MINHA MÃE.

sábado, 10 de outubro de 2009

Aggie-Dedicated to Agnetha Faltskog

You’re my world

There are something in your eyes

That the men can not discovered

And they never forget and worried

Cause you’re an special kind of flower

Wich never dies in my heart

NOVOS HAI-KAIS


I
ROMANTISMO
A ÚNICA FORMA
DE NÃO CAIR NO ABISMO

II
VENCER É
SABER LEVAR A VIDA
SEM PADECER

INSPIRAÇÃO-10 DE OUTUBRO

Há mulheres por toda parte no planeta
São as mulheres dos movimentos feministas
Trabalhadoras, esportistas, atrizes, empresárias

Fortes e intelectuais
Nem todas são iguais
Algumas superam os homens
Outras são líderes no trabalho
Mulheres escravas e livres
Eróticas, bonitas, inteligentes
E até atraentes

Donas de casa
Uma se atrasa
Outra se apressa
Professoras atualizadas
Apresentadoras de TV ultrapassadas

Isso que são mulheres
Cheias de amores
Para dar e vender

Giuliano Naves Micheloto
7 série
08/03/99